O governador Jaques Wagner (PT) afirmou, durante o 9º Fórum Empresarial de Comandatuba, que o senador César Borges (PR) terá que se explicar aos eleitores baianos a decisão de determinar à bancada do partido dele que votasse contra a contratação pelo governo do Estado de crédito de R$ 563 milhões do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O projeto foi aprovado por 31 votos a 2.
Wagner afirmou que viu a atitude do senador com “profunda tristeza” e o acusou de não separar a disputa eleitoral dos interesses da população. “Acho que foi um equívoco. Uma demonstração que alguns precisam crescer e amadurecer na política”, pontuou. “E o pior é que ele botou a digital. Assinou (o comunicado)”, completou, se referindo à César.
Wagner, pré-candidato a releição, e Cesar, presidente do PR, trocavam elogios até pouco tempo, quando costuravam uma aliança para as eleições desde ano. A lua-de-mel acabou quando César optou por fazer parte da chapa do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB), ex-aliado de Wagner e agora candidato a governador do Estado.
Comparação - O governador comparou a postura de César ao período em que ele foi ministro (do Trabalho e Relações Institucionais) de Lula: “Quando Paulo Souto era governador, eu fui ao Ministério das Cidades para garantir R$ 150 milhões do FGTS para viabilizar o emissário submarino. Fui à direção do Banco do Brasil pedir uma excepcionalidade para liberar a compra dos trens do metrô. E eu nem sabia naquela época que viria a ser governador”.
Resposta - Para o senador César Borges (PR), quem deve explicações sobre o projeto é o próprio governador. "Não havia transparência sobre o uso do recurso. Nossos deputados exigiam que houvesse detalhamento do destino dos recursos, para que não fossem gastos de forma eleitoreira ou para suprir rombos de caixa", afirmou.
Ele lembra que a oposição propôs uma emenda ao projeto que criava um fundo para guardar os recursos e permitia aos deputados estaduais a fiscalização deste fundo, mas foi derrubada pelo governo. "O PT, quando era oposição, também exigia essa transparência", disse.
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