A presidente Dilma Rousseff reconheceu nesta segunda-feira que o governo cometeu um erro no Programa de Financiamento Estudantil (Fies). De acordo com ela, o equívoco é ter passado às instituições privadas o controle das matrículas dos estudantes.
“(Nós) fizemos um erro. O governo
cometeu um erro e passou para o setor privado o controle dos cursos (do
Fies). Não fizemos isso com o ProUni e não fazemos isso com o Enem nem
com ninguém”, declarou Dilma, em coletiva de imprensa após cerimônia de
sanção do Novo Código do Processo Civil (CPC).
“Em vez de você (o governo) controlar as
matrículas, quem controlava as matrículas era o setor privado. E este é
um erro que cometemos. Detectamos, voltamos atrás e estamos ajustando o
programa”, concluiu.
No final do ano passado, o governo
publicou uma portaria com mudanças regras de acesso ao fundo, que
custeia bolsas com faculdades privadas. As modificações dificultam o
acesso de estudantes ao crédito estudantil. Passa a haver, por exemplo, a
exigência de uma nota mínima para os futuros candidatos ao Fies, assim
como ocorre com os demais sistemas.
O estudante precisará ter feito pelo
menos 450 pontos no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) para poder
tentar uma das vagas do programa. De acordo com Dilma, as matrículas
antes eram feitas diretamente com as instituições. “Agora vai ter de
passar pelo governo. Não aceitamos mais que uma pessoa que tirava zero
em português tenha direito à bolsa. Vai ter de ter uma (nota) mínima.”
*Estadão Conteúdo