Escrito por Angelo Martins
Qui, 22 de Julho de 2010 07:39
Anulação ou revogação, qualquer que seja o ato, o certo é que a “Reforma do Bondinho” já não existe mais, “defuntou” escafedeu-se, foi-se. Nessa tarde noite (21) era o comentário de algumas lideranças enquanto se despediam da labuta dessa quarta- feira, buscando as últimas informações do dia nas imediações do Palácio Paranaguá.
O Prefeito demonstrou equilíbrio e inteligência. Ficou solidário até o momento que o idealizador da “reforma do bondinho” conseguiu provar que o objetivo era sair não sei de onde para chegar a lugar nenhum. Aí, não contou conversa, usou do bom senso e do Poder. Tacou a caneta e o bondinho desgovernado, saiu do trilho levando ao abismo uma meia dúzia dos seus condutores.
Com esse ato foram salvos a equipe palaciana que tesou contra o grupo do bondinho e a população a principal vítima dos efeitos da tresloucada reforma.
Se a reforma fosse remendada como estavam propondo, a emenda seria muito mais desgastante, porque não eliminaria todas as ilegalidades e ao invés de apenas o seu grupo mentor, surgiriam outros culpados, que seriam os “remendadores da ilegalidade”.
A Câmara dos Vereadores não pode sair isenta de culpa dessa história, porque pegou carona, mesmo sabendo que o “bondinho” atropelaria a população ilheense, mas, preferiram optar pela filosofia do grande ex-craque de futebol Gerson no seu comercial da Vila Rica, onde só pretende levar vantagem e, como a lotação do “bonde” era uma carga pesada de cargos, os nossos vereadores fecharam os olhos e navegaram para aprovar essa excrescência, apelidada de reforma administrativa.
Das duas, uma. Se os Vereadores votaram pela aprovação da Reforma por desconhecerem a lei, não poderão continuar nos seus cargos. Mas, se conhecem a lei e mesmo assim votaram nessa reforma repleta de vícios e de ilegalidades, não são dignos de nos representar. Isso é conluio e a população se não quiser ser vítima dos seus falsos representantes deve urgentemente trazer o assunto à baila das discussões e desde já ir preparando os seus substitutos para as eleições de 2012.
A população dessa vez se manteve calada, mas não omissa. Estava aguardando o desenrolar dos acontecimentos para sentir qual seria o percurso do “bondinho” e concluiu que o grupo que o idealizou se manteve firme na defesa dos seus interesses particulares. Uma grande parte da Câmara também defendeu a mercadoria transportada pelo “bonde”, ou seja, cargos públicos para serem distribuídos visando à eleição de presidente da câmara.
Foi nesse vai-e-vem que após ouvir todos os interesses e interessados, mesmo se expondo aos riscos de um desgaste, o Prefeito ultimou: “ESSE BONDINHO É MUITO PESADO PARA PERCORRER OS TRILHOS DE ILHÉUS.”
É isso aí Prefeito. Foi um ato de humildade, de equilíbrio, de sabedoria e de Poder. Os comentários que ouvimos até agora são de aplausos a sua atitude, que se opôs a um pequeno grupo e uma boa parte da Câmara em favor da população.
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