Neste 26 de Março comemoramos o Dia do
Cacau, uma data que ainda não é tão conhecida, mas é de um valor
importantíssimo para o Brasil, para a Bahia e principalmente para a
nossa Região Sul da Bahia. Eis aqui um momento para realizar uma
profunda reflexão sobre a grandiosa importância da lavoura cacaueira,
que já foi responsável por alimentar boa fatia de toda economia do
estado, gerando nas épocas áureas 120 mil empregos diretos,
representando inclusive a 70% de toda exportação do estado, com uma
receita da ordem de U$ 1 bilhão. Nos dias atuais, estima-se que o numero
de empregos despencou dos 120 mil para 30 mil. Uma região, cuja
produção de cacau chegava a atingir a marca de 400 mil toneladas por ano
deste fruto, que é considerado o grande signo de desenvolvimento da
região, mas também hoje é signo de crise, de abandono, de saudade.
Contudo, ele pode ser o signo da restauração, da reconstrução.
É possível e necessária a recuperação da
economia da nossa região, que já protagonizou as discussões de economia
do estado e do país, mas sofre com a visível ausência do Estado
brasileiro. Em nossas discussões, costumamos ressaltar que a “falta de
políticas públicas para o cacau consegue ser mais nociva do que a
própria vassoura de bruxa”. E o argumento é simples, pois a fórmula para
combater esta praga já foi descoberta há tempos, graças a um esforço
concentrado dos produtores e dos técnicos da CEPLAC, que é através da
clonagem da planta. Portanto, o caminho para vencer a crise nós já
sabemos. Agora se faz necessária a implementação de políticas públicas
para usarmos na prática essa descoberta, garantindo, por exemplo, que
pequenos e médios produtores tenham acesso a créditos que possibilitem a
aquisição dessa tecnologia, que já não é mais novidade há tempos.
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