quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Comunidade do Retiro quer conquistar mercado com as frutas desidratadas

Ailton Jesus Bevenuto, 39 anos, sempre trabalhou na roça e não teve a oportunidade de estudar (o que está fazendo agora), mas é um administrador nato. Liderança na comunidade do Retiro e vice-presidente da Associação de Moradores do distrito de Aritaguá, Ailton faz parte de uma das 31 famílias do Retiro que integram um dos grupos produtivos do Projeto Transformar.No Retiro, a “bola da vez” são as frutas desidratadas e a pimenta em conserva. O curso, que ensinou os moradores a aproveitar melhor os frutos de seus próprios sítios e pequenas roças, aconteceu no segundo semestre do ano passado e em dezembro os produtos já faziam seu primeiro teste no mercado. Resultado: aprovação total.



Repetindo a história de outros grupos do Transformar que aprenderam novas formas de gerar renda, a comunidade do Retiro já vê na produção de frutas desidratadas a oportunidade de sonhar com um futuro melhor. É o mesmo que vem acontecendo com as artesãs da Ponta da Tulha, as marisqueiras do São Miguel, os produtores de doce da Vila Olímpio e carne defumada de Aritaguá, entre outros grupos.



O curso, criado como iniciativa da Bahia Mineração tendo como executor o Instituto Aliança, ensinou os moradores a fabricar o secador artesanal de frutas e legumes, onde os alimentos são preparados naturalmente, sem adição de açúcar ou qualquer produto industrializado. Hoje, diversas casas da comunidade têm o seu secador e o produto beneficiado já é vendido em Ilhéus, em pacotinhos identificados com a marca “Doces Retiro”.

Antes do projeto, os produtores tinham abundância de frutas, mas grande parte se perdia e com o que era vendido obtinha-se um preço muito baixo. Enquanto um cacho de bananas, por exemplo, era vendido a R$ 5,00, a mesma quantidade chega a R$ 80,00 após o processo de secagem.
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