segunda-feira, 17 de maio de 2010

OS AMBIENTALISTAS DA RODOVIA ILHÉUS/ITACARÉ

Hipocrisias à parte. Discursos e promessas políticas caíram no descrédito popular. Não adianta falar bonito, nem desfraldar as bandeiras do “se eu for eleito, eu vou fazer...”. Não cola mais. Cansamos.



Ideologia pura e simplesmente ideologia, não traz o pão nosso de cada dia à mesa, embora entendamos que a ideologia seja o inicio do caminho rumo ao crescimento, ao desenvolvimento, ao bem estar coletivo. Para isso, é preciso que se desenvolva uma política séria, amplamente discutida e, sobretudo, que o seu ideólogo mereça a confiança e a credibilidade da comunidade.



O Complexo Intermodal é o ideal para que a sociedade da nossa região falida possa dar inicio a reconstrução do seu patrimônio social, econômico e financeiro em declínio nesses quase trinta anos.



Os segmentos sociais estão mostrando a cara em defesa desse empreendimento. Exigiremos dos políticos com mandatos que procedam de maneira igual, mediante celebração pública de compromisso, em declaração aberta com conjugação do verbo no presente, porque o assunto exige urgência e responsabilidade e medidas céleres devem ser adotadas antes das próximas eleições.



Assim, estaremos defendendo os aspecto social e o político da questão. Os demais serão conseqüências destes.



Os chamados “ambientalistas” tesam contrariamente ao empreendimento Intermodal se embasando na proposta de defesa ao meu ambiente. Até aí, tudo bem, porque o homem e o meio ambiente estão intimamente ligados e, só dessa forma poderão sobreviver. Entretanto, o primeiro não poderá estagnar nos tempos, impedido de que melhorias de vida lhe sejam proporcionadas, em razão da radicalização daqueles que defendem a intocabilidade do segundo. Como dizia vovó: “Nesse mato tem coelho”.



Somos ambientalistas e defendemos o Complexo Intermodal mediante o uso do meio ambiente de maneira racional, equilibrada, porque sem trabalho não há como se falar em dignidade humana. Defendemos o desenvolvimento com sustentabilidade, porquanto é possível a concretização do empreendimento, se adotando medidas reparatórias, ou seja, se repondo, na mesma proporção, em outras áreas já degradadas, o que for retirado do meio ambiente, em todo o traçado que conterá o Intermodal - Ferrovia, Porto e Aeroporto – através de estudos minuciosos levantados por técnicos da área.



É incompreensível essa aversão injustificada, entocada e até contraditória de um grupo que está sendo beneficiado, com a valoração de seus imóveis, justamente em razão de um ato de agressão à natureza, sem reposição do que foi agredido. A rodovia Ilhéus/Itacaré, foi construída mata adentro, por quilômetros. Manifeste-se, ou cale-se.



Preocupar-se com a natureza é dever de todos nós. Todavia,quando atrás dessa preocupação dormitam interesses pecuniários, especulativos, a preocupação configura meio de vida de um grupo restrito, seleto, em prejuízo de uma população sem perspectivas de futuro, para as crianças de hoje, porque aqueles nascidos no inicio da “quebra” da nossa economia, há trinta anos, que não migraram para os grandes centros na busca do pão de cada dia com o suor do rosto, preferindo ficar por aqui, atualmente não passam de aposentados assalariados, ou de velhos precoces que sobrevivem de biscates, enquanto outros, da mesma época, sem opção se enveredaram pelo caminho do álcool, das drogas e já não estão mais aqui para contar as suas tristes histórias.



A degradação humana por falta de alternativa de trabalho agride o meio ambiente, porque atinge o homem, mas esse é um retrato que os ambientalistas conhecem, mas não querem dependurado nas suas paredes.



Durante quase trinta anos o rio que margeia a Av. Princesa Isabel adoeceu e morreu; A rua dos Mosquitos, dentro do mangue, foi favelizada; a rodovia Ilhéus/Itacaré foi construída mata adentro; os manguezais de Ilhéus, na sua maioria estão sendo agredidos. Um silêncio sepulcral. Ninguém contestou. Os ambientalistas para nós, só existiam através das revistas, jornais e da televisão.



Durante quase trinta anos, a região sucumbiu. A sua economia combaliu. A fome, a violência, o êxodo se fizeram presentes e cresceram assustadoramente. Tudo em razão do desemprego. Não se tem conhecimento de que nesse intervalo de tempo, os ambientalistas propuseram alternativas para o soerguimento da nossa economia.



Tudo leva a crer que os Ambientalistas de Ilhéus têm o seu habitat localizado na rodovia Ilhéus/Itacaré, porque, somente lá é o seu meu ambiente. Será por quê ?
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