Veloso cobra intervenção nos ataques de "índios"
em um inflamado discurso na tribuna da Câmara dos Deputados. O deputado federal Raymundo Veloso (PMDB) relatou o clima de barbárie que a região vem presenciando por conta da disputa de terras entre “índios” Tupinambás e pequenos agricultores.
O parlamentar citou os crimes cometidos em Buerarema e cobrou uma postura firme do governo do estado, da polícia federal e do Ministério Público para coibir os abusos.
Segundo o deputado, depois que a Funai publicou relatório demarcando terras Tupinambás em 47 mil hectares dos municípios de Ilhéus, Una e Buerarema, os “índios” da região iniciaram uma série de ataques contra os moradores da área em disputa.
“Isso gerou invasões, destruições de plantações, imóveis, animais e até homicídios”.
Veloso questionou a impunidade de algumas lideranças indígenas. “Os relatos são de que estes caciques incitam a violência, cometem inúmeros crimes, são detidos pela Polícia Federal, mas logo em seguida liberados”.
“Precisamos de uma atuação mais firme do Ministério Público, queremos que as autoridades acompanhem o caso mais de perto para que a região não vire palco de uma disputa sangrenta”.
O deputado cobrou também um posicionamento do governador do estado, Jacques Wagner. “O conflito que se instalou na região não permite análises políticas de ganho ou perda eleitoral. Estamos falando de vidas, da única fonte de renda de milhares de famílias”.
Para ele, o governador precisa se posicionar e coibir os abusos. “A Bahia precisa ter altivez e negociar com o governo federal e com o Judiciário para chegar a um fim pacífico para a questão da demarcação indígena na região”.
Vandalismo
Nas últimas semanas, Buerarema viveu dias de tensão com os ataques indígenas a propriedades rurais. Os Tupinambás invadiram propriedades, fazendo inúmeras famílias reféns com ameaças de morte, fugindo logo após a chegada da Polícia Federal.
Após a polícia deixar a cidade, os moradores presenciaram um cenário de guerra, onde os índios, portando armas de fogo de alto calibre, dispararam contra os pequenos produtores, baleando inclusive o secretário municipal de agricultura.
Eles ainda saquearam fazendas, atearam fogo em veículos e mataram animais. Até a prefeitura da cidade já foi alvo de queima de documentos.
“A região tem caráter pacifico e não comporta uma onda de crimes sucessivos. É preciso que as autoridades busquem uma solução ainda na esfera administrativa, pois caso contrário teremos o Estado Democrático de Direito ameaçado”.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Postar um comentário