Um
estudo realizado no sul da Bahia por pesquisadores da Universidade
Federal de Santa Catarina revelou que sete espécies de peixe
anteriormente comuns na região e usados na culinária local estão
desaparecendo. O levantamento, realizado pelos biólogos Sergio Floeter,
Natalia Hanazaki e Mariana Bender, se baseou em entrevistas com
pescadores que trabalham na região vizinha ao Parque Municipal Marinho
do Recife de Fora, em Porto Seguro.
No total, 53 pescadores de diferentes idades foram convidados pelos
pesquisadores a identificar, por meio de fotos, espécies de peixe que
tradicionalmente vivem na costa da região. Eles responderam a perguntas
sobre qual é o maior peixe de cada espécie que já haviam capturado e o
ano em que isso ocorreu.
A conclusão foi que algumas espécies estão cada vez menos presentes
nas redes dos pescadores, ou, quando estão, os peixes são menores do que
em décadas passadas. São elas o badejo-quadrado (Mycteroperca bonaci), a
garoupa (Epinephelus morio), o dentão (Lutjanus jocu), a cioba
(Lutjanus analis), a guaiúba (Ocyuru chrysurus), o cherne (Hyporthodus
nigritus) e o mero-gato (Epinephelus adscensionis).
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