A deputada estadual Ângela Sousa (PSD) solicitou ao governador da Bahia, Jaques Wagner, que ouvisse as reivindicações da Associação dos Pequenos Agricultores de Ilhéus, Una e Buerarema e entrasse na luta para resolver o impasse na questão da demarcação de terras no sul do estado. O pedido da intervenção do governador nessa luta tornou-se necessário, segundo explicou a deputada, diante do clima tenso que se instalou na região Sul da Bahia com as constantes invasões de terras e o conflito entre pequenos produtores rurais e descendentes de índios Tupinambá que querem a demarcação.
No encontro com o governador, os representantes da Associação dos Pequenos Agricultores de Ilhéus, Una e Buerarema entregaram um ofício explicando que para a tranquilidade e solução definitiva do problema ocorra torna-se necessários que a demarcação de terras seja suspensa até a realização dos estudos da Embrapa, Ministério de Agricultura e outros órgãos da administração pública federal e estadual, solicitados pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Os representantes dos pequenos agricultores solicitaram ainda ao governador Jaques Wagner que autorize a Polícia Militar para que interceda em apoio a Polícia Federal, em caráter de emergência, para coibir as invasões de terras e que as reintegrações de posse que estão em fase de cumprimento judicial sejam imediatamente executadas, garantindo assim o direito de propriedade e moradia dos produtores.Ângela Sousa fez questão de ressaltar que não é contra a demarcação e que se os descendentes dos índios têm direitos é preciso assegurar as suas terras, mas é necessário estabelecer critérios de como ocorrerá esse processo e o que será feito com mais de 20 mil famílias das regiões de Una, Ilhéus e Buerarema que hoje vivem da agricultura familiar e que podem perder suas propriedades. Além disso, a deputada também cobrou uma ação mais eficaz na segurança dos produtores que tiveram a reintegração de posse das áreas, já que são comuns os casos dos índios que deixam as terras por força da justiça, mas que acabam retornam para as áreas invadidas após a saída da polícia
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