sexta-feira, 30 de março de 2012

cacau-e-desenvolvimento-regional

Esta semana eu participei de seminários realizados pelo Território Litoral Sul, onde diversas instituições públicas e privadas têm assento e discutem políticas públicas para o desenvolvimento desta região combalida. Tive a grata surpresa de reencontrar amigos e conhecidos como Vivaldo Mendonça da CAR e o quanto sua atitude gerencial vem produzindo efeitos positivos para esta região. Entre o pouco, o possível e o necessário, A CAR, apesar das limitações impostas pelo governo estadual, vem se articulando responsavelmente em oferecer respostas às comunidades rurais. Mas não quero colocar a minha análise sobre isto, e sim, sobre a estratégia de desenvolvimento para o Território Litoral Sul.




Com forte viés agrário, as comunidades participantes lutam para iniciar o processo de verticalização produtiva (processamento industrial das riquezas naturais). Este viés colocou a importância do cacau no soerguimento da região cacaueira. De fato, a SEAGRI/SEDIR/CAR/SUAF vem de longas datas tentando produzir uma estratégia de verticalização produtiva do cacau onde o grande problema estratégico resume-se na capacidade de criar sinergias positivas na cadeia produtiva do cacau. Trocando em miúdos... os produtores entendem que a verticalização é positiva, mas a experiência de associativismo e cooperativismo em nossa região são extremamente difíceis para se tocar um projeto desta magnitude. Por outro lado, os agricultores familiares entendem que: o governo ao invés de garantir um preço mínimo para o cacau deixa uma região inteira aos desejos dos dealers e das multinacionais; o processo agudo de endividamento ocasionado pela utilização
de pacotes tecnológicos superados e ambientalmente degradantes provenientes da CEPLAC; a concorrência atual de outras fruteiras como a banana, provoca o entendimento que um hectare de banana é mais rentável que um de cacau; e, por fim, os programas PNAE e PAA não tem em sua pauta a aquisição de chocolates/sucos da agricultura familiar, ou quando tem o volume é frágil mercadologicamente.
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