Promotoria, que pediu ainda a quebra dos sigilos bancário e fiscal do candidato, encontrou indícios do crime em entrevista concedida por Tiririca à revista “Veja”.
O advogado Ricardo Vita Porto, responsável pelo departamento jurídico da campanha de Tiririca, disse que o candidato ainda não foi notificado da ação.
Porto afirmou, contudo, que o candidato nao cometeu falsidade ideológica, pois não possui bens em seu nome nem em nome de terceiros. “Quando formos citados, vamos apresentar defesa em que vamos comprovar que ele não tem qualquer bem, nem em nome de terceiros, e isso não é de hoje”, afirmou ao G1.
A transferência, segundo o Ministério Público inferiu a partir da entrevista, se deu em razão de ações trabalhistas, de alimentos e de partilha de bens que Tiririca enfrenta na Justiça.“A falsidade ideológica vem quando ele diz que não tem bens quando, na verdade, ele os transferiu”, disse ao G1 o promotor Maurício Lopes, que propôs a ação na última quinta-feira (16).
Segundo o promotor, Tiririca também pode ter incorrido em crime de fraude contra credores, possibilidade que será verificada no decorrer do processo, caso a Justiça aceite a denúncia.
O Ministério Público também solicitou na ação cópias de processos contra Tiririca que tramitam em segredo de Justiça no Ceará, para “completa elucidação dos fatos”.
Segundo o promotor, ele responde a pelo menos quatro ações trabalhistas e uma civil movida por sua ex-mulher.Se a ação por falsidade ideológica for instaurada e Tiririca comprovar não possuir bens em nome de terceiros, ele deverá ser inocentado, afirmou o promotor.
O candidato a deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PR-SP), foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo sob acusação de falsidade ideológica, crime que prevê pena de um a cinco anos de prisão.
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