quarta-feira, 2 de junho de 2010

Bolsa Família é utilizado para compra de crack

O secretário de Segurança Pública da Bahia, César Nunes, em entrevista concedida a um blog baiano dia (31/05), conseguiu deixar mais dúvidas do que certezas sobre a explosão da violência no estado. Valendo-se de argumentação confusa, em algumas partes, e contraditórias, em outras, deixou a desejar ao apresentar as causas do aumento descontrolado dos índices de homicídios observados tanto em Salvador quanto no interior da Bahia. Simplificou tão complexa questão e frustrou. Mais uma vez, com escapismo covarde, culpou o crack por 80% dos casos de violência na Bahia. Ora, essa droga não é invenção de agora. Depois, apontou a “exclusão de antes” como indutora da busca pelo entorpecente. Mas a pobreza também sempre esteve por aí.



Mantendo-se no rumo da incoerência, garantiu que essa explicação era partilhada por todos os secretários de segurança pública do País. Mas, o escudo do secretário furou. Na Bahia, sabe-se que menos de 20% dos casos de homicídio são elucidados. Como, então, ele pôde comparar tão singular realidade com a do restante do Brasil? Isso é irresponsabilidade.



E tem mais: os dados de um levantamento do Instituto Sangari mostram que, nos últimos 10 anos, a violência recuou 2% no País inteiro, sendo que o Rio conseguiu reduzir, entre 2003 e 2009, em 22,3% a sua taxa. São Paulo teve retração de 38,8% no mesmo período. Salvador contrariou furiosamente essa tendência, apresentando crescimento de 64%, colocando a primeira capital do Brasil em evidência nacional, superando o número de homicídios por 100 mil habitantes do Rio e de São Paulo.
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