A Associação Nacional dos Delegados de
Polícia Federal (ADPF) criticou nesta terça-feira, 14, a “interferência”
do governo no dia a dia das investigações. Em evento público, o
presidente da entidade, Marcos Leôncio, citou como exemplo decreto da
presidente Dilma Rousseff, de março de 2012, que tira da PF autonomia
para autorizar operações de médio e grande portes pelo País. Além disso,
afirma ele, a norma pode facilitar o vazamento das ações.
Leôncio também mencionou o fato de o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, falar pela PF. Para ele, isso
dá margem a suspeitas, como quando o petista atendeu advogados da
Odebrecht, empreiteira investigada na Lava Jato, ou quando telefonou
para o então governador do Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), alvo de
uma operação, para saber como foi o tratamento que a PF lhe dispensou.
“Por que não é o diretor da PF que vai a
público falar das ações da PF?”, questionou Leôncio. “Se não houve
relato de excessos, abusos, por que perguntar se os meninos (policiais)
foram bem?”, prosseguiu.
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