quarta-feira, 15 de abril de 2015

Para delegados, governo interfere nas operações da PF

Imagem arquivo.
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A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) criticou nesta terça-feira, 14, a “interferência” do governo no dia a dia das investigações. Em evento público, o presidente da entidade, Marcos Leôncio, citou como exemplo decreto da presidente Dilma Rousseff, de março de 2012, que tira da PF autonomia para autorizar operações de médio e grande portes pelo País. Além disso, afirma ele, a norma pode facilitar o vazamento das ações.
Leôncio também mencionou o fato de o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, falar pela PF. Para ele, isso dá margem a suspeitas, como quando o petista atendeu advogados da Odebrecht, empreiteira investigada na Lava Jato, ou quando telefonou para o então governador do Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), alvo de uma operação, para saber como foi o tratamento que a PF lhe dispensou.
“Por que não é o diretor da PF que vai a público falar das ações da PF?”, questionou Leôncio. “Se não houve relato de excessos, abusos, por que perguntar se os meninos (policiais) foram bem?”, prosseguiu.
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