O ministro da Defesa e ex-governador da
Bahia, Jaques Wagner, chamou de “ilação” a informação de que teria
recebido doações “clandestinas” da UTC nas campanhas de 2006 e 2010 ao
governo do estado que esteve no poder durante oito anos e disse não ter
“nada a temer”.
Wagner afirmou que todas as doações para
suas campanhas “foram declaradas e as prestações de contas, aprovadas
pela Justiça Eleitoral”. O ministro negou que tenha recebido
contribuição da UTC na disputa de 2006, quando concorreu pela primeira
vez ao governo da Bahia, mas confirmou a doação da construtora na
campanha pela reeleição, em 2010.
“Os recursos declarados encontram-se à
disposição de qualquer cidadão para consulta no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE)”, argumentou Wagner. Um auxiliar de Pessoa disse a Veja,
sob condição de anonimato, que “Ricardo pode destruir Wagner” se
revelar tudo o que sabe ao Ministério Público e à Polícia Federal.
“É uma frase inócua. Minha vida política
está consolidada em três eleições para deputado federal e duas vitórias
em primeiro turno para governador da Bahia”, reagiu o ministro.
Tesoureiro da campanha de Dilma, o
deputado estadual Edinho Silva (PT) afirmou, em nota, que a revista
tenta “criminalizar doações legais” e vincular o comitê financeiro da
presidente às investigações efetuadas na Petrobrás. Silva garantiu que a
campanha de Dilma “não recebeu doações da UTC efetuadas por intermédio
do Partido dos Trabalhadores”. (Política Livre)
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