A cidade virou um caos, com o fechamento da praça Cairu. Foto do Plano Inclinado que dá acesso a cabeçeira da ponte Lomanto Junior, via o Bairro da Conquista.
A situação dos servidores públicos ilheense é desesperadora. Nessa sexta-feira (30) eles completam dois meses com os salários atrasados. São cidadãos que dependem do dinheiro para pagar as contas e sustentar suas famílias.
Essa luta justa não combina com manifestações sem nexo, como a que ocorreu nesta quinta-feira (29), com o fechamento da praça Cairu, via de acesso às principais vias arteriais da cidade.
O mais incrível é que os servidores estão comemorando os bloqueios judiciais de verbas do município com o objetivo de pagar os seus salários em atraso. Então protestar contra quem e contra o quê? O dinheiro não está bloqueado pela justiça? Cabe à prefeitura e seus procuradores pedirem o desbloqueio, ou o sindicato retirar a ação, em acordo direto com o prefeito, com o compromisso de que dinheiro será destinado somente ao pagamento dos salários em atrasos dos servidores. O governo argumenta que vem tentando liberar judicialmente a verba, mas, na prática, essa ação não se configura.
Enquanto isso, o cidadão ilheense assiste a tudo perplexo, e continua prejudicado sem ter culpa de nada. Ontem, devido a manifestação, muita gente acabou sendo prejudicada, impedida de ir ao trabalho ou levar seus filhos na escola.
O prefeito Newton, taxado com adjetivos impublicáveis pelo servidor, pode usar da maldade, com argumentos dentro da realidade jurídica e administrativa, e cortar o ponto dos grevistas. O argumento do prefeito seria que toda a verba do município está em posse da justiça, a pedido do sindicato, tendo garantias de pagamento de salários.
Dizem que tudo não passa de uma luta pela direção do Sinsepi, um sindicato poderoso e que administra um volume razoável de recursos financeiros. Nesse caso, seriam os servidores filiados ao Sinsepi apenas “massa de manobra”, simples “bois de piranha” ?
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