Em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de Salvador, o candidato Mário Kertész (PMDB) foi acusado de ser "braço auxiliar" do PT no debate promovido na noite desta segunda-feira (1º) pela TV Itapoan, afiliada da Rede Record na Bahia.
Kertész fez duras críticas principalmente ao candidato do DEM, ACM Neto, que se coloca como principal adversário do petista Nelson Pelegrino.
Segundo a última pesquisa Ibope, divulgada na última quinta-feira (27), Pelegrino tem 34% e ACM Neto aparece com 31%, o que configura empate técnico. Kertész aparece com 7%. Logo em sua primeira fala, Kertész lembrou o episódio em que ACM Neto ameaçou dar "uma surra" no então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2005, quando disse estar sendo espionado por agentes federais em meio à investigação do mensalão.
Isso traz um pouco da sua atitude, de seu caráter, de sua arrogância, por isso cometeu algo tão infeliz", afirmou o candidato do PMDB, que já foi prefeito de Salvador por duas vezes nos anos 1980 e atualmente comanda uma emissora de rádio na cidade.
O democrata disse ter reagido de maneira indevida, pois "estava começando na política", e contra-atacou dizendo que já viu o adversário "bater boca" com ouvintes na rádio.
Kertész também citou o avô do democrata, morto em 2007, para atacá-lo. "Você só pegou o lado negativo de Antonio Carlos Magalhães [ex-senador], o original, que não tinha esse temperamento nem inexperiência".
Após uma sequência de críticas de Kertész a ACM Neto, o candidato do PSOL, Hamilton Assis, levantou a hipótese de estar atuando em favor do PT.
"Desse jeito, o senhor acaba servindo de braço auxiliar de Pelegrino, para ajudar na eleição dele", disse Assis.
O PMDB é do principal partido aliado ao PT no governo Dilma Rousseff.
O candidato do PMDB também criticou o PT ao menos uma vez, ao dizer que a sua proposta de criar o bilhete único na capital baiana, divulgada em dia 31 de agosto, foi copiada por Pelegrino, em 23 de setembro, e por ACM Neto, seis dias depois.
O democrata aproveitou parte de suas considerações finais para se dizer vítima de agressões no programa eleitoral e, agora, também nos debates.
Já Pelegrino repetiu o seu principal discurso ao longo da campanha, de pertencer ao 'time de Lula'.
E que, por isso, seria melhor para a cidade ter um prefeito alinhado à presidente Dilma (PT) e ao governador Jaques Wagner (PT).
Último colocado nas pesquisas, Da Luz (PRTB) afirmou durante o debate que daria "uma surra na presidenta", e logo esclareceu que seria "uma surra de projetos".
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