À essa altura, já nem fazia tanta diferença assim.
O título brasileiro de 1987, agora reconhecido oficialmente pela CBF, nunca esteve na galeria física, mas sempre frequentou o bom-senso da cultura popular, acima de paixões clubísticas.
Nunca foi legal. Mas sempre foi legítimo.
A decisão demorou demais. Idas e vindas de uma tal Taça de Bolinhas, atropelamento e morte da ética, desfaçatez dos que rasgaram acordos, tudo se permitiu na longa e injustificada espera.
Mas o reconhecimento oficial tem, pelo menos, um benefício prático: cobre de vergonha aqueles que cinicamente se aproveitaram da situação ambígua para se apropriar de fatos, glórias e símbolos que não lhes pertenciam.
Porque no fundo, todo mundo – até eles – já sabiam.
Com 24 anos de atraso, o Flamengo é declarado hexacampeão do Brasil.
É provável que tão cedo não haja taça. Talvez não haja carreata, festa do título ou comemoração até o sol raiar.
Mas por toda dificuldade e justiça, bem que merecia.
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