Na noite do dia 01 de janeiro de 2011, por volta das 20:30 horas, Reynaldo Weber Ferreira Duarte da Luz Santos, negro, 19 anos estudante do 5º semestre de Direito da Faculdade de Ilhéus, sentado no passeio da sua residência, enquanto conversava com a sua namorada de 16 anos, matriculada no 2º ano do curso Médio no Colégio Militar, negra e com um colega, foram surpreendidos por um bando de policiais da CAERC apontando-lhes armas de grosso calibre que aos gritos determinou-lhe que se levantasse e, aos empurrões o encostou na parede com as mãos levantadas, dando-lhe chutes nas pernas e socos na bolsa escrotal. Ao tentar se identificar como residente naquela casa e como estudante de Direito, lhe foi respondido imediatamente que calasse a boca e concluindo assim afirmou o policial: “ aqui quem entende de lei sou eu. Eu sou a lei. Aqui você não sabe de nada”. A CAERC está sendo treinada para tratar com animais ferozes e não pode ter qualquer relação com a comunidade.
Realmente, há tempos que a Polícia rasgou a Constituição Federal debaixo do queixo do Governador, diante do silêncio do Judiciário, sob o manto protetor dos altos comandos e dos olhares omissos das demais autoridades competentes e livremente barbariza nas ruas, atropela regras, viola direitos de uma de uma população inerte, medrosa e amedrontada, ciente de que a impunidade é a fonte geradora da violência policial.
Enquanto apavorada a namorada de Reynaldo gritava sob a mira das armas pesadas, um dos agressores fardados ordenou: “cale essa boca senão vou fazer uma desgraça”.
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