Boate itinerante proibida na avenida vai funcionar na zona sul

Exclusivo. Há, pelo menos, um forte motivo para que os empresários da boate itinerante - proibida de funcionar na avenida Soares Lopes - ainda não tenham desmontado a estrutura do local interditado. O Jornal Bahia Online apurou que, sem alarde, tramita na Prefeitura de Ilhéus um pedido para que o empreendimento permaneça na cidade, trocando apenas de local: deixaria um espaço público na avenida Soares Lopes e passaria a funcionar, durante todo o verão, num espaço privado, no quilômetro um da rodovia Ilhéus-Olivença. O documento já passou pela secretaria de Planejamento e a aprovação agora depende de um estudo de viabilidade técnica da secretaria municipal de Trânsito, já que trata-se de uma rodovia estadual com poucas áreas no entorno para estacionamento de grande quantidade de veículos.




A polêmica em torno da boate itinerante começou após um único show realizado no dia 18 de dezembro do ano passado. Os moradores da avenida Soares Lopes reclamaram do excesso de barulho e alegaram que a área central da cidade não era ideal para receber este perfil de empreendimento. Depois disso começou uma quebra-de-braço entre empresários e moradores, tendo o prefeito Newton Lima como moderador. Em alguns momentos, Lima chegou a pensar na liberação da boate, mas no dia que iria anunciar a decisão foi convencido por um grupo de moradores da avenida a recuar.

Um prazo para a retirada da boate da avenida foi dado - mas não foi cumprido. Esta semana algumas pessoas começaram a questionar o porquê de ter sido mantida a estrutura na avenida. Agora, o JBO informa quais as verdadeiras razões. De acordo com um influente assessor do prefeito Newton Lima, a intenção do governo não é o de proibir a instalação da boate. "O problema é que quando foram mostrar o projeto para a gente, a boate parecia uma ´Juliana Paes´ mas quando vimos montado, mais parecia aquela ´dona Terta´, a esposa de Pantaleão, personagem de Chico Anísio". A prefeitura espera, caso seja efetivada a autorização, que, pelo menos, os empresários caprichem mais no que prometeram e não entregaram, de fato.




FONTE:JORNALBAHIAONLINE