quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Drogas, roubo e sexos nos cemitérios de Ilhéus

Nem mesmo os mortos são poupados da ação dos marginais. Tanto é que os cemitérios de Ilhéus vêm sendo saqueados por bandidos, que roubam flores, jarros, plantas e metais dos túmulos para que sejam trocados por drogas. Além disso, alguns cemitérios vêm sendo usados para encontros amorosos e pontos para o uso de drogas. A falta de fiscalização e vigilância nos cemitérios tem facilitado a ação dos bandidos e dos usuários de entorpecentes.





A denúncia vem sendo feita por parentes dos mortos e também por vizinhos dos cemitérios. Basta a noite cair que os grupos começam a freqüentar os cemitérios. Um dos pontos preferidos dos marginais é o Cemitério da Vitória, no Alto Ceará. Nesse local é comum observar grupos que se reúnem à noite para usar drogas. Meninos e meninas, jovens e adolescentes sentam nos túmulos sem qualquer receio, respeito ou medo. Outros são mais ousados e arrancam placas de metais, levam flores e jarros que encontram pela frente. Tudo vira motivo de brincadeira e farra. Por falta de vigilância, os objetos são levados, num completo desrespeito aos mortos e familiares.





No Cemitério São João Batista, na entrada do bairro Nelson Costa, não é diferente. Nesse local os grupos também se reúnem para roubar objetos, usar drogas e fazer sexo nos túmulos. A brincadeira macabra e desrespeitosa se registra praticamente todos os dias e envolve, na sua maioria, jovens e adolescentes. Já no cemitério do Basílio é comum encontrar pessoas usando drogas em plena luz do dia. Tudo parece normal e permitido. A indignação de algumas famílias soa como motivos de gozações para os marginais, que chegam a ameaçar e intimidar.





O vereador Francisco Sampaio chegou a fazer a denuncia no plenário da Câmara, pedindo ao executivo municipal que mantenha alguns vigilantes nos cemitérios da cidade de Ilhéus. Segundo o vereador, depois do dia 2 de novembro, Dia de Finados, todas as flores do Cemitério da Vitória foram roubadas dos túmulos para serem comercializadas. Ele explicou que os cemitérios da cidade vêm sendo saqueados e depredados, “e isso vem revoltando as famílias ilheenses que visitam constantemente seus entes queridos. Já depredaram o tumulo de minha filha três vezes. Eu vou e conserto, pois tenho condições. E quem não tem?”, questionou o vereador.





Certos de que estão em locais seguros para o uso de drogas e num ambiente privativo para a prática de encontros amorosos, marginais agem tranquilamente nos cemitérios da cidade. Sem vigilância, os túmulos viram alvo fácil dos bandidos e os objetos transformam-se em moedas nas “bocas” de drogas. Um problema que pode ser resolvido com a intensificação da vigilância nos cemitérios da cidade.



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